. FORA DA BOUÇA QUE A BOUÇA...
. MIGUEL DE VASCONCELOS, ES...
. TAIPAS: CAPITAL, TRÊS PON...
. O ARMANDO ANDA DESPIDO E ...
. PIMENTA NO C* DOS OUTROS ...
. ANDAM A DEITAR FORA O NOS...
. GAMADO
Era uma vez uma contabilista que contrariando as mais elementares regras recebia e contabilizava ao mesmo tempo.
Como a memória já não era fresca, e muito menos a dona dela, a senhora tinha lapsos. Por vezes recebia a massaroca e esquecia-se de a registar. Outras recuperava a memória e retocava os registos dos dias anteriores, sempre com boas intenções e melhores justificações.
Outras vezes ainda, a senhora era assaltada por problemas de consciência e o seu lado social e humanitário sobrepunha-se aos demais. Então, em nome da solidariedade, punha de lado as esmolas recebidas, recusando, por pudor, que figurassem em qualquer documento. E num gesto de pura economia de recursos, não perdia nem tempo nem tinta a passar recibo do que recebia, com isso poupando talvez milhares de euros aos senhores a quem servia.
Depois veio uma ASAE qualquer que não soube compreender e até enaltecer o esforço da santa mulher. Sem dó nem piedade disse-lhe que o que ela fazia estava errado.
Moral da história: nunca acredites nas aparências.