. FORA DA BOUÇA QUE A BOUÇA...
. MIGUEL DE VASCONCELOS, ES...
. TAIPAS: CAPITAL, TRÊS PON...
. O ARMANDO ANDA DESPIDO E ...
. PIMENTA NO C* DOS OUTROS ...
. ANDAM A DEITAR FORA O NOS...
. GAMADO
Alguém me sabe dizer se a Junta já respondeu ao pedido que o dr.Capela Dias lhe fez?
Há uns meses atrás, o dr. Manuel Ribeiro disse nas páginas do reflexodigital que só gente com cartão do PS arranja emprego na administração pública e extensões. E, se a memória não me trai, dava o exemplo da Turitermas como sítio onde pontificam filhas e protegidas de vereadores da Câmara de Guimarães, directores do centro de saúde de Guimarães e outros afins, isto é gente com padrinhos e cunhas que entrou para os lugares mais pela via partidária do que pela habilitação ou conhecimentos adquiridos.
Não sei se o dr Ribeiro tinha conhecimento do que estaria na forja, mas talvez não. Porém aos exemplos que ele deu juntou-se mais recentemente a nomeação do dr. Luís Soares para administrador.
Das pessoas a quem perguntei sobre a experiência do novo administrador para o lugar, nenhuma foi capaz de se lembrar de um único cargo semelhante por ele ocupado, nenhuma lhe conhece passado capaz de justificar a escolha da Câmara de Guimarães.
Só se é por ser do PS, disseram-me quase todas as minhas fontes. É bem possível que seja mesmo esse o motivo, porque para o PS todos os lugares da administração pública ou das empresas municipais são exclusivos de militantes socialistas, filhos de vereadores e de presidentes de junta ou familiares de presidentes de junta de outros partidos que resolveram virar a casaca. Quem não se vender ou quem for de partido nenhum pode esperar no desemprego. Ou converter-se às delícias do PS. Mete nojo esta política.
A bicharia anda nervosa. Mostra os dentes. Rosna mas não morde. Faz escarcéu quanto baste na mira de desviar as atenções do fundamental.
Há muito que se sabe que a tal carrinha pertenceu a uma empresa de Braga da qual é sócio um irmão do actual presidente da Junta. Do irmão omito o nome mas da empresa aqui vai: Fibropainel. O outro sócio renunciou à gerência deixando a criança nos braços do mano Veiga, sinal evidente de que alguma coisa não ia bem... A carrinha foi comprada pela Junta a um stand igualmente de Braga, que a teria recuperado porque o comprador, a Fibropainel, deixou de a pagar.
Além das perguntas que dr.Capela Dias faz há duas que ele não fez e eu acrescento: o contrato de compra e venda entre a Junta e o stand; e o livrete actualizado. E há uma terceira em tempos feita pelo dr. José Luis e que aqui se retoma: é ou não verdade que a carrinha estava penhorada (a favor das finanças, da segurança social ou da empresa de leasing) e mesmo assim a Junta fez o negócio, cometendo uma ilegalidade?
Sobre o inquérito aos desvios na Junta, que deu em águas de bacalhau, importa ir ao fundo em vez de ficar pela rama. Há na Junta quem à força de querer apanhar caça grossa perca o rumo e a razão. Para mim o que é importante não é chegar ao sr. engenheiro Remísio e ao PS para fazer disto campanha contra a pessoa e contra o partido. Para mim o importante é desvendar os mistéros de tanto dinheiro à solta, sem controlo e que tanta falta faz para obras pequenas ou para dar às associações da terra. A bagunçada e a desorganização escondem os buracos por onde o dinheiro foge. E não estou a pensar nos mil e quatrocentos euros. Estou a pensar em quantias muito mais chorudas que entraram e de que não há registo! A ocasião faz o ladrão, diz o povo, ms não é menos verdade que o ladrão esperto faz a ocasião e a balda da Junta proporciona desculpas convenientes.
Como as coisas estavam e estão, não há garantias de que todo o dinheiro que entrava na Junta fica na Junta. Houve muito que fez geito a gente sem dignidade e eu acredito que há mais do que uma pessoa que valeu da confusão.
A Arminda foi apanhada e confessou. E quantas armindas estão na sombra? O instrutor Armando Marques não esconde a vontade de chegar ao ex-presidente. Disse na assembleia de freguesia e diz entre amigos. Eu acho que ele esta cego e a cegueira não o deixa perceber que toda a Junta anterior deve ser chamada a capítulo. Todos: engenheiro Remísio, arquitecto Constantino Veiga e Armando Abreu, porque todos estavam no mesmo barco e nada prova que à partida haja um mais culpado do que outros.
Por isso o corerecto não é a Junta encomendar mais processos. O correcto é a Junta pedir um inquérito ao mandato passado, sem exclusão de ninguém, e ao primeiro ano do mandato presente, também sem deixar ninguém de fora. Para que os factos sejam apurados sem dúvidas de protecção a este ou aquele, para que os factos sejam apurados sem que o processo pareça uma encomenda para manchar a reputação do engenheiro. Só se assim for feito não haverá dúvidas, porque houve o cuidado de salvaguardar a isneção e a imparcialidade das averiguações.
Para que ninguém diga que quem paga são sempre as armindas.
Diz o reflexodigital que a senhora chefe de secretaria, de sua graça Arminda Gomes, foi condenada a devolver a importância de que abusivamente se tinha apropriado e que, além disso, ainda pagou mais uns trocos que revertem a favor do Centro Social. Se surpresa há na decisão da Junta é quanto à brandura, porque quanto à identificação da acusada só o meu amigo Quim Vilas se atreveu a pôr as mãos no lume por ela. Custos da amizade...
Mas a Junta também não sai nada bem deste processo. Digo a Junta num sentido amplo, isto é o órgão autárquico, as pessoas. Tanto as que presentemente lá estão, como as que lá estiveram no passado recente. É que os serviços andam à balda e só a balda justifica que uma funcionária receba dinheiro e não o registe em lado nenhum sem que quem manda dê conta das falhas. E pela Junta já passou gente com conhecimentos e experiência administrativa e gente com cursos superiores, ou seja pessoas com bagagem para controlarem a caixa e os bancos.
Como é possível feirantes dizerem que pagaram o lugar da feira e o dinheiro não aparecer no caixa? Como é possível as cantinas das escolas do primeiro ciclo entregarem dinheiro na Junta e nas contas da Junta não aparecer nada? Como é possível haver envelopes com dinheiro espalhados entre a papelada, no escuro do arquivo? Quem garante a quantidade de dinheiro que assim escapou e foi parar às mãos pegajosas de alguém menos honrado? Quem meteu dinheiro da Junta ao bolso? Foi a mesma funcionária, foi mais alguém que não ela? Será a Arminda o bode expiatório que encobre terceiros?
Faz falta uma barrela que ponha tudo em pratos limpos. E quanto mais cedo melhor, para que a suspeita não manche pessoas sérias. Funcionárias ou políticos.
Já aqui confessei que tenho pelo Ricardo Costa um módico de simpatia, embora ele, ao que sei, pense o contrário. Sou dos que valoriza aqueles como ele lutam por um lugar ao sol sem espezinhar os outros.
Dito isto, quero expressar-lhe a minha solidariedade (não confundir com apoio à sua candidatura).
Contaram-me que alguém tentou atingir o Ricardo através de acusações junto da sua entidade patronal, insinuando, inventando, caluniando na esperança de assim lhe criar dificuldades, descrédito e desânimo. E quem sabe se, no limite, o despedimento e o desemprego.
Esta sacanice, para não dizer coisa pior, não sendo prática nova - outros e de outros partidos cometem a mesma pulhice - é uma arma que só diminuídos mentais, só gente destituída de qualquer sentimento humanitário, só invertebrados sem viga usam porque só canalha dessa se masturba com a dor dos adversários políticos causada pela denúncia destruidora de uma vida honrada duramente talhada.
Gente tão reles não pode andar por aí com um sorriso nos lábios escondendo o pide que nela habita. O Ricardo não tem o meu voto, mas se a minha solidariedade lhe servir para alguma coisa pode contar com ela.
Faço uma declaração de interesses, para abrir: eu não fui, não sou e não espero ser de partido algum.
Mas pelo facto de a minha costela anarca rejeitar toda a canga nada impede que o meu espírito livre analise o que se passa na minha comunidade e me pronuncie sobre a sociedade a que orgulhosamente pertenço. Sou um anarca 2i: um i de interveniente e outro de inconveniente.
É pois com o distanciamento que vou assistindo às peixeiradas partidárias, ao lavar de roupa suja que oiço, emporcalhando todos os partidos e as gentes cá da terra que neles e por eles pratica a democracia.
Prefiro mil vezes os activistas dos partidos, com todos os defeitos que possam ter, do que os idiotas ditos independentes que andam na política para caçar a simpatia dos inocentes e que uma vez sentados nos cadeirões do poder são piores que os partidos, embora se achem ungidos por uma bênção celestial que os torna acima de qualquer suspeita e imaculados.
Andam por aí faunos que por puro oportunismo, porque lhes interessa e quando lhes interessa, afirmam em todos os lugares da Vila que pertencem ao partido A, B ou C, conforme o lado de onde sopra o vento, conforme quem é Junta ou pode vir a ser. São os cata-ventos, candidatos perfilados para que alguém repare neles nas eleições que se aproximam.
Mas há outro tipo de faunos. São aqueles que metidos em embrulhadas e na esperança de delas sair sem serem chamuscados, gritam para que todos oiçam que pertencem ao partido A,B ou C. São os oportunistas que procuram os partidos como capa protectora, na convicção de escaparem à justiça e ao castigo. Infelizmente abundam casos em que os partidos se deixam enganar por esta espécie de militantes que a eles aderem não por convicção mas por interesse. A candidata a candidata a primeira dama da Póvoa será um desses exemplares abomináveis.
Na Vila há quem cultive alguma animosidade em relação ao João Duarte, visível, por exemplo, na forma como se referem a ele e ao seu comportamento social, assim como às péssimas relações de trabalho que ele pratica.
Digamos que ele se põe a jeito.
Mas o João é um pobre diabo que tem as costas largas e desde há alguns anos a esta parte ele aceitou ser o bode expiatório que arca com as consequências dos erros, falcatruas e desvios que outros cometem.
Há algo de comum entre o que se fazia na Taipas Turitermas e o que se fazia na Junta. Em ambos os casos a contabilidade não espelha fielmente a verdade, antes a esconde e distorce. Nem todo o dinheiro que é recebido é registado e vai parar ao cofre ou ao banco. Fica pelo caminho. Serve para compor orçamentos pessoais de quem gasta mais do que tem ou de quem se vê aflito em hora de aperto.
Julgo que foi Cavaco Silva que disse um dia ser natural que duas pessoas sérias e inteligentes pensando sobre o mesmo assunto cheguem a soluções idênticas. Talvez o raciocínio se aplique no caso da Turitermas e da Junta. Apenas muda a seriedade e a inteligência que em qualquer das situações não existem.
Mas não atirem todas as culpas para o João. Além de injusto, deixa os verdadeiros culpados de fora.
Na Taipas Turitermas os ânimos andam exaltados. Ao que se diz, o patrão João não está a gostar das investidas dos jovens socialistas capitaneados por Ricardo Costa e o seu apoderado Luis Soares. Acha, e talvez com razão, que a rapaziada se está a intrometer no seu negócio e já ameaça partir a louça.
Seria saudável que o fizesse. O João Duarte sabe mais do que a Lúcia e se abrisse o bico tirava o sono a gente que não tendo a fama que ele tem, teve mais proveito do que ele tem.
Espicaçado pelo comentário que alguém deixou sobre a nova Escola do Pinheiral, fui indagar.
E que soube eu?
Que afinal também naquele estabelecimento de ensino acontecem coisas estranhas. Desde um membro da Associação de Pais que se aboletou indevidamente com maçaroca que não lhe pertence, até uma funcionária da cozinha que abastecia a sua casa com géneros desviados da cantina!
Não se percebe o silêncio da Associação de Pais, particularmente da sua direcção. E não se percebe porque, ao que me disseram, sabe exactamente quem roubou e tarda em punir o larápio apenas porque o dito cujo foi lá metido por um antigo presidente da Junta de Freguesia do PSD, que , obviamente, nada tem a ver com o assunto e aqui só vai referido para que não apareçam interpretações no mínimo indevidas.
A Associação não pode pagar pelos erros ou faltas de qualquer dos seus membros, mas também não pode saber e calar deixando que a suspeita perdure e manche todos. Até parece que as más práticas da actual Junta de Freguesia têm seguidores noutras instituições. Chiça!
A Rosa é uma mulher madura, humilde, emotiva e honrada. Trabalha, faz o que lhe pedem e só não faz mais porque não sabe ou não lhe pedem.
A Rosa é mulher séria, dedicada e honesta. Sabe o lugar que ocupa e não quer ser mais do que o curto salário lhe permite. Tem sonhos, como qualquer um, mas não se vale de tudo nem de expedientes e artimanhas para chegar mais longe. Tem perna curta e por isso dá passos conforme as pernas.
Que se saiba, a Rosa não tem partido. Sobretudo, a Rosa nunca disse em público que era deste ou daquele partido. Por isso a Rosa nunca ameaçou com qualquer partido e nunca procurou aproveitar-se de qualquer partido. Nem para subir na vida, nem para ser protegida. A Rosa nunca aspirou ser primeira dama, basta-lhe ser a pessoa que sempre tem sido para andar de bem consigo e com a sua consciência.
A Rosa não tem que devolver nada a ninguém, porque a Rosa não se apropriou do que pertence a outros. A Rosa merecia não ser confundida num processo em que mais uma vez o bloco central de interesses do PS e do PSD se uniu como seita para proteger um dos seus que meteu a mão no prato.
As lágrimas da Rosa são de raiva e de injustiça, porque ela é uma funcionária séria, dedicada e honesta.