Sexta-feira, 26 de Dezembro de 2008
A Junta quer desfazer-se de algum dos seu património para financiar o orçamento de 2009 e por isso propôs no seu plano de actividades vender umas habitações junto ao cemitério, de que é proprietária.
O PS desconfia do negócio.
Talvez escaldado pelo caso da carrinha do mano do presidente, Ricardo Costa apresentou uma proposta que, se aprovada, significava a completa submissão da Junta à Assembleia através da comissão de avaliação independente por esta nomeada. Pior do que ser um claro excesso de fiscalização, era uma inversão de papeis e uma ilegalidade.
Inversão de papeis, porque por lei a competência para gerir o património é exclusiva da Junta. Ilegalidade, porque obrigava a Junta a submeter-se às opiniões de uma entidade exterior à Assembleia para em nome desta fiscalizar os actos de gestão da Junta.
Depois das explicações do Ricardo Costa percebeu-se que ele não fez bem os trabalhos de casa e meteu os pés pelas mãos, exigindo o impossível.
Valeu-lhe a ajuda do Capelinha, com com a sua experiência propôs uma solução que sem ofender os direitos da Junta satisfaz minimamente e dentro da lei o que o Ricardo queria mas não soube apresentar e muito menos defender. Por isso, a assembleia aprovou uma recomendação à Junta para que esta consulte, antes de vender, uma ou mais entidade idónea e de reconhecida competência técnica que avalie o património da freguesia a vender.
A bola ficou nas mãos da Junta: se ignorar a recomendação, sujeita-se à crítica da Assembleia e à suspeita de favorecimento ou de vender ao desbarato; se seguir o que lhe foi recomedado, a Assembleia poderá sempre dizer que obrigou a Junta a gerir de modo transparente, impedidndo mais uma negociata.
Raposa velha, este Capelinha!
Terça-feira, 23 de Dezembro de 2008
Na sexta-feira, o Ricardo foi uma carraça agarrada ao caso da carrinha do mano do presidente. Parecia uma pilha duracell - Insistiu, insistiu, insistiu.
Ò Ricardo tú queres mesmo saber quem vendeu o calhambeque? Ou só querias um pretexto para provocar o Tininho e sus muchachos?
Eu em tempos escrevi que a carripana pertence a uma empresa de Braga , moribunda, de dois sócios, em que um deles se pôs a cavar deixando o outro, que é irmão do querido líder das Taipas, com a criança nos braços. A dita empresa terá deixado de pagar a quem financiou a compra ao stand e este pô-la à venda novamente. Além de recuperar o dinheiro em atraso, o stand fazia um favor ao mano Veiga que se assim não fosse teria de pagar do bolso dele o contrato que a sociedade não cumpriu. É aqui que entra o Tininho, na ajuda ao mano em apuros.
E nada haveria a apontar ao Tininho se fosse em socorro do mano pagando do seu bolso, e não como tentou fazer, metendo a Junta no negócio. Este Tino é um anjinho.
Pior do que um negócio pouco transparente só um negócio em que o objecto comprado não está operacional e a reparação custa mais que o valor pago inicialmente. Mas foi o que aconteceu: a junta foi comida no negócio, e quando acordou meteu os pés pelas mãos, tentando desfazer-se da carripana e receber o sinal de volta, coisa que o stand não estava pelos ajustes.
Ainda hoje ninguém me convenceu que os 5 mil euros foram pagos pelo stand e entraram no caixa da Junta. O que a acontecer nem seria inédito naquela casa.
Segunda-feira, 15 de Dezembro de 2008
Descubra o que está invertido na Junta. (imagem "roubada" aoTMN):
As obras realizadas pela câmara e pelas freguesias são feitas em nome do interesse público que, como é geralmente sabido, é diferente do interesse privado. Aliás, a medida do interesse público de cada obra vê-se pelo número de pessoas que serve. Se servir muitas pessoas justifica-se a consideração no plano e no orçamento; se beneficia poucas pessoas é questionável o interesse público, que muitas vezes confundido com o interesse particular, e só se realiza quando outros mais necessários forem realizados.
Numa freguesia vizinha a respectiva junta socialista mandou alcatroar um caminho que serve dois, eu sublinho dois, moradores: o presidente da Junta e um familiar. A isto se chama gerir o dinheiro de todos em proveito de uns poucos.
Sexta-feira, 12 de Dezembro de 2008
Era uma vez uma contabilista que contrariando as mais elementares regras recebia e contabilizava ao mesmo tempo.
Como a memória já não era fresca, e muito menos a dona dela, a senhora tinha lapsos. Por vezes recebia a massaroca e esquecia-se de a registar. Outras recuperava a memória e retocava os registos dos dias anteriores, sempre com boas intenções e melhores justificações.
Outras vezes ainda, a senhora era assaltada por problemas de consciência e o seu lado social e humanitário sobrepunha-se aos demais. Então, em nome da solidariedade, punha de lado as esmolas recebidas, recusando, por pudor, que figurassem em qualquer documento. E num gesto de pura economia de recursos, não perdia nem tempo nem tinta a passar recibo do que recebia, com isso poupando talvez milhares de euros aos senhores a quem servia.
Depois veio uma ASAE qualquer que não soube compreender e até enaltecer o esforço da santa mulher. Sem dó nem piedade disse-lhe que o que ela fazia estava errado.
Moral da história: nunca acredites nas aparências.
O Quim Vilas parece assarapantado com a invasão do espaço aéreo do centro da Vila e deixa no ar uma pergunta angustiante: a campanha eleitoral já começou, pergunta no seu blogue vilasdastaipas.
O Quim ou não é deste mundo ou anda cá a ver passar as camionetas do Ferreira das Neves.
Isto não é para amadores, meu. A procissão vai no adro e os zés pereiras vão à frente. Mas a festa ainda não começou e o Quim vai ter muito para se espantar.
Quinta-feira, 11 de Dezembro de 2008
Este simpático casal de frequentadores do parque de campismo reagiu assim ao inquérito que a Junta moveu a ela.
Se for verdade o que escreve um comentador deste blogue, no dia 19 temos nova sessão da Assembleia de Freguesia.
Vou já reservar uma cadeira para ouvir o senhor Armando Marques a explicar as conclusões do inquérito. Vai ser de gritos.
Terça-feira, 9 de Dezembro de 2008
este post foi surripiado ao Incursões:
Alguém viu por aí uma Entidade Reguladora? É que o preço do petróleo não pára de descer, mas o preço da gasolina e do gasóleo parece que está com dificuldades em passar a barreira de 1 euro! Ninguém dá explicações, ninguém exige?
Não se arranja para aí um processo de Avaliação das Entidades Reguladoras?
André Coelho Lima, líder da bancada municipal do PSD, produziu recentemente uma intervenção sobre a necessidade e mais do que isso a urgência de construir uma ligação nova entre as Taipas e Guimarães, argumentando, e bem, que seria útil para ambas as partes.
Só não esteve bem ao associar à ideia o AvePark e o cortejo de técnicos e investigadores que residindo fora do concelho não fazem vida, não consomem nem gastam nele. Porque, na lógica do doutor Coelho Lima, essa gente deve ser empurrada para Guimarães em vez de ficar pelas Taipas e contribuir para o seu desenvolvimento, como aliás foi anunciado e prometido pelos promotores da ideia, desde logo pelos políticos.
Mas o doutor Coelho Lima devia começar por chamar a atenção do seu partido que na Assembleia de Guimarães diz uma coisa e na Assembleia da República vota outra diferente inviabilizando verbas do orçamento de Estado para a execução da via Taipas-Guimarães.