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. GAMADO
Primeiro, semearam a desordem nas ruas, inventando peticionários e majores de bonecreiros.
Mais tarde, forçaram o primeiro-ministro legítimo à demissão e prometeram a paz nas ruas.
Depois, forjaram acusações e inventaram queixas-crime a esmo.
Mas nada disso bastou para ganharem as eleições. Por isso foi preciso interpretar de forma habilidosa a Constituição e sem dar oportunidade ao partido mais votado, investiram numa coligação criada a preceito.
Falta declarar proscrito o partido vencedor das eleições, para consolidarem o golpe que desde há dois anos tecem laboriosamente, laboratorialmente. Um destes dias, quem sabe se a Fretilin vai ser equiparada a um "grupo terrorista" pelos EUA, imediatamente secundados pela UE, colocando a pedra necessária à fundamentação política do golpe e legitimando o seu afastamento coercivo do Poder.
Ai Timor!
Há dias, dois cidadãos travaram-se de razões à mesa do café. Um, defende a passagem das Taipas a concelho, desenhando um mapa imaginário do respectivo território, o qual se estenderia S. Clemente de Sande a Donim, sem esquecer as terras de Prazins.
O outro contestava-o e, puxando do seu berço, declarava para quem o queria ouvir - e para quem não queria, também - que nunca fora consultado sobre a integração e desconhecia que a sua freguesia natal alguma vez quisesse fazer parte do novo município, porque o assunto jamais fora tratado nos sítios apropriados para ouvir a voz do povo.
Não vem mal ao mundo, nem às Taipas e arredores, por se debater a autonomia. Ainda vivemos em democracia e cada um é livre de expor, defender e divulgar as suas opiniões, salvo se for for funcionário público. Aliás, basta frequentar as reuniões da assembleia de freguesia para em cada uma delas ouvir suspiros pelo concelho das Taipas, normalmente escutados com tolerância e pachorra.
O que me surpreendeu na tal discussão foi um argumento para o qual até hoje não encontro resposta! Perguntava o defensor do concelho ao outro: você sabe o que é o perímetro das Taipas, sabe? Na escola não lhe ensinaram o perímetro das Taipas, não?
Eu, que andei na Escola do Pinheiral, nunca tal houvera ouvido. Quem me pode esclarecer?
O Quim Vilas é um cidadão atento ao que se passa na sua - e nossa - terra comum: as Taipas.
É bairrista quanto baste, o que não faz dele nem cego nem surdo. Por opção, respeitável, não se matriculou até agora em partido nenhum, tanto quanto me é dado saber e também terá recusado integrar qualquer lista candidata à freguesia, porque ele é um bom rebelde que preza a sua independência acima do mais.
Mas independência não quer dizer indiferença e o Quim exerce como poucos o seu direito a intervir onde e quando julga ter alguma coisa para dizer aos seus concidadãos. Bem haja por isso.
De há uns tempos a esta parte, o Quim tem sido assediado por quem não lhe chegando aos calcanhares, em verticalidade, dedicação desinteressada e solidariedade, não lhe perdoa nem desculpa a denúncia pertinente e fundamentada. Apesar dos ataques infantis, o Quim continua vivo e actuante nos sítios do costume.
O Quim às vezes parece que vacila. Vacila mas não cai, para bem de uma vivência democrática nas Taipas.
À porta da sede da Junta das Taipas estão, faz muito tempo, dois cubos de pedra trabalhada. No recinto da feira, empilhados, jazem muitos outros igualmente novinhos em folha. Dizem que são bancos encomendados pelo presidente, ainda sem destino.
Custa a perceber! Então o presidente não sabia onde colocar os bancos antes de os encomendar? Isso não cabe na cabeça de ninguém e tem de haver uma outra explicação.
Bati a várias portas, na ânsia de satisfazer a minha curiosidade natural e o mais que saquei foi que as pedras se destinavam à feira, mas não foram e ao que me disseram não vão ser lá colocadas porque o dono da feira, que como se sabe é a Câmara Municipal de Guimarães, não foi tida nem achada na compra e, pior do que isso, discorda da ideia do presidente da Junta.
Assim se gasta (mal) o dinheiro dos contribuintes. Em vez da Junta pagar a factura, bom seria que o presidente e quem aprovou o negócio o pagassem do seu bolso, para aprenderem a não mandar senão no que é seu.