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A postura assumida pelo autaca das Taipas relativamente à câmara do concelho, não sendo nova nem original no contexto nacional, coloca em cima da mesa o tema do papel das juntas de freguesia.
Deixando de lado as questões relacionadas com as competências e atribuições estabelecidas por lei, porque imperativas, o que mais importa quanto a mim é saber como são exercidas e até onde podem ir, se interpretadas à luz do critério da defesa dos interesses das populações.
Observando o que se passa à nossa volta e não apenas no município de Guimarães, concluimos pela existência de duas atitudes que destoam da generalidade dominante: o seguidismo amorfo de uns e a rebeldia permanente de outros, em contrates óbvio com a maioria que usa os meios conferidos por lei de forma racional, lógica e despreconceituada.
Entre nós, a mandatos caracterizados pela ausência de afirmação, sucedeu o seu oposto, um mandato fortemente personalizado que vive de e para o confronto político.
Uma junta não tem de ser contra quem manda na câmara para conseguir atrair obras, para ter uma fatia maior do bolo do investimento.
E se não tem de estar sempre contra e disso dar prova pública, também não é certo e muito menos é seguro que recebe mais quem mais se cola ao Poder.
As relações entre uma junta e a sua câmara têm de basear-se em regras e princípios claros, como sejam o do respeito mútuo, o da subsidiariedade e a noção exacta de que o concelho é maior que a soma das freguesias.
Nas Taipas, a maioria que preside à Junta, definiu-se ainda antes das eleições como força de oposição à maioria que previsivelmente ganharia a Câmara. Essa estratégia pode fazer sentido numa lógica separatista, mas é contraprudecente na falta do concelho. O resultado foi e será a insatisfação, a desilusão, a frustração por quatro anos desperdiçados.
Tudo seria radicalmente diferente se a actual maioria da Junta, sem abdicar do seu programa e do seu pensamento, soubesse reivindicar em vez de exigir com ignorância atrevida. Nâo deixava de ser quem é se desde o início soubesse defender os seus muitos argumentos.
Talvez a Junta se sinta bem consigo mesma, porque está a cumprir a estratégia que delineou, e por isso desvalorize os sinais que chegam da blogosfera.